Ataque em escola no Brasil: número de casos e prevenção

Conheça as estratégias que podem tornar as escolas mais seguras! Leia mais:

Por: Angelica Silva

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No Brasil, a ocorrência de ataques violentos em escolas tem se tornado uma preocupação crescente. Dados da Unicamp até maio de 2023 revelam que 36 vidas foram perdidas nessas tragédias, e este número não inclui o ataque ocorrido em junho na cidade de Cambé, no norte do Paraná, quando um ex-aluno invadiu o Colégio Estadual Helena Kolody e tirou a vida de uma estudante.

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) analisou o período de janeiro de 2002 a maio de 2023 e identificou pelo menos 30 ataques violentos a escolas. As vítimas incluíram 25 estudantes, sendo 15 meninas e 10 meninos, além de quatro professoras, uma coordenadora, uma inspetora e cinco atiradores que cometeram suicídio.

Crescem casos de ataques em escolas

No início desse período, de 2002 até 2021, havia, no máximo, três ataques por ano em escolas brasileiras. No entanto, a frequência desses eventos aumentou consideravelmente nos anos mais recentes. Em 2022, houve um registro de dez ataques em diferentes estados, como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará e São Paulo. Até maio de 2023, foram contabilizados sete ataques em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Goiás, Ceará e Mato Grosso do Sul.

Em meio a tantas tragédias envolvendo crianças, adolescentes e profissionais da educação, como garantir a segurança nas escolas? Uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, que é advogada, mestrada na Unicamp, Cleo Garcia, afirma que esses ataques são meticulosamente planejados e não ocorrem por mero acaso.

“São fomentados por uma cultura de ódio disseminada pelas redes sociais mais conhecidas. Há públicos que idolatram esses autores e glorificam o atentado”, Afirma Cleo.

“Além disso , aqueles que cometem esse tipo de crime geralmente já se encontram numa espiral de violência e exclusão de anos, e acabam sendo acolhido por grupos extremistas.” Complementa a advogada.

Mas afinal, o que as escolas podem fazer para evitar ataques?

Para lidar com essa preocupante situação, é importante buscar abordagens eficazes de prevenção, adotando medidas que promovam um ambiente escolar mais seguro e saudável. Algumas estratégias eficazes incluem:

  • Educação Socioemocional: implementar programas de educação socioemocional nas escolas, que ajudem os estudantes a desenvolver habilidades para lidar com emoções, conflitos e relações interpessoais.
  • Aconselhamento e apoio psicológico: oferecer serviços de aconselhamento e apoio psicológico tanto para estudantes quanto para professores, de modo a identificar e tratar problemas de saúde mental precocemente.
  • Promoção da inclusão: fomentar a inclusão e o respeito à diversidade, criando um ambiente onde todos se sintam valorizados e pertencentes à comunidade escolar.
  • Comunicação e denúncia: estabelecer canais de comunicação eficazes para denúncias de comportamentos preocupantes e ameaças, permitindo uma ação rápida das autoridades.
  • Segurança física: Reforçar medidas de segurança física nas escolas, como a presença de guardas, câmeras de vigilância e procedimentos de controle de o.

Ao adotar uma abordagem completa, que combine educação, apoio emocional e medidas de segurança, é possível trabalhar na prevenção desses atos trágicos e criar um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos os envolvidos.

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